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Produção de Proteas no Sudoeste Alentejano

1. Introdução

As Proteaceae representam, provavelmente, um dos mais antigos grupos dentro das angiospérmicas, incluindo 62 géneros num total de 1050 espécies conhecidas. Constituem uma interessante família de árvores e arbustos de dicotiledóneas, principalmente de regiões tropicais onde ocorre anualmente uma longa estação seca. O clima mediterrâneo apresenta-se muito favorável a esta família, na qual se encontram inúmeras espécies endémicas das regiões da África do Sul e da Austrália com este tipo de clima.

As flores das Proteaceae, embora insignificantes individualmente, encontram-se frequentemente agrupadas em grandes inflorescências (espigas, racémios, capítulos e outros) as quais se encontram entre as mais vistosas do reino vegetal. Curiosamente, embora muitas tenham o pólen livremente exposto em anteras em forma de colher no topo de longos estames, não são polinizadas pelo vento mas sim por pássaros e, por vezes, por insetos. Individualmente, as flores são bissexuais (exceto nos géneros Leucadendron e Aulax), frequentemente zigomórficas, com quatro segmentos de perianto, quatro estames e um ovário superior o qual virá albergar uma a muitas sementes.

As inflorescências das Proteaceae encontram-se, actualmente, muito bem estabelecidas como um importante componente do mercado internacional de flores de corte. Os principais géneros, com interesse comercial, são Protea, Leucospermum, Leucadendron e Serruria, da África do Sul, e Banksia e Telopea, da Austrália.

A decisão estratégica de implementar um investimento destinado à produção de flores do grupo das Proteaceae foi tomada pela Europrotea após desenvolvidos estudos técnicos e económicos, que chegaram a conclusões altamente promissoras.

A área de produção está, essencialmente, localizada no hemisfério Sul, de onde são originárias, sendo a produção do hemisfério Norte meramente residual, apesar de os mercados destes produtos estarem quase totalmente localizados a Norte (Europa, Japão e EUA).

No entanto, a sua beleza e exotismo, têm-lhe garantido uma crescente procura e as cotações atingidas são suficientes para pagar os elevados custos de transporte e garantir margens de lucro apreciáveis, não só para os seus produtores, como para uma extensa cadeia de intermediários. A ambição de encontrar no hemisfério setentrional áreas e condições apropriadas para estas culturas é grande. A região onde a Europrotea decidiu implementar este investimento é um dos poucos espaços que reúne tais condições.

A decisão por nós tomada de investir nesta área não é pioneira em Portugal, pois já existem algumas produções destas espécies, em áreas limitadas da Madeira e Açores. Os citados estudos levaram à conclusão de que, no local escolhido, existiam boas condições naturais para se levar a cabo a cultura destas espécies e de que o mercado interno e internacional pode perfeitamente absorver a produção em condições de preços capazes de remunerar satisfatoriamente todos os factores de produção.

A estratégia inicial da empresa baseou-se em dois aspetos fundamentais:

Em primeiro lugar garantir uma formação adequada aos seus técnicos, para o que estes se deslocaram à África do Sul onde adquiriram os primeiros conhecimentos sobre a gestão da cultura. A participação na Conferência da Associação Internacional de Proteas (IPA), num curso de formação em Cultivo do Fynbos organizado pelo Agricultural Research Council da África do Sul (ARC) e a visita a inúmeras explorações agrícolas envolvidas nesta cultura permitiu o estabelecimento de importantes contactos tanto a nível técnico como comercial.

Em segundo lugar a empresa criou desde o início um departamento de investigação pois considera que a inovação é um fator essencial ao desenvolvimento desta industria. Neste sentido foram estabelecidos protocolos de colaboração com o Instituto Superior de Agronomia e foi proposto um projeto de investigação para financiamento à Agência de Inovação. A nível internacional estão em estudo possíveis colaborações com instituições de investigação sul africana, nomeadamente o ARC e a Universidade de Stellenbosh, e francesas (INRA).

2. Produção Comercial

2.1. - Preparação do solo

Em primeiro lugar era essencial conhecer profundamente as características do solo pelo que foram realizadas várias análises de terra e foram cuidadosamente estudados os principais tipos de vegetação, assim como a distribuição dos declives e das principais linhas de água existentes na propriedade.

Embora todos os solos sejam ácidos, o que é essencial para o cultivo das Proteas, a propriedade apresenta uma grande variação no tipo de solos presentes. Na sua maioria os solos são arenosos, embora se encontrem algumas manchas com um teor de argila relativamente elevado. A preparação do solo iniciou-se no Verão anterior à plantação, através da aplicação de um herbicida (glifosato), com o objetivo primeiro de eliminar as plantas rizomatozas. Cerca de um mês depois foi realizada uma rega do terreno para induzir a sua rebentação e foi aplicado um segundo tratamento com o mesmo herbicida.

No início do Outono o solo foi lavrado, a uma profundidade de 45 cm, e nas zonas com maior teor de argila ou com uma elevada percentagem de pedras foi realizada uma ripagem à profundidade de 70 cm. Após a conclusão destas mobilizações foram recolhidas novas amostras de terra, para análise, a fim de se decidir sobre as correções de fertilidade necessárias.

Em paralelo, nas zonas que apresentavam maior tendência para o encharcamento, foi construído um sistema de drenagem de modo a prevenir futuros problemas, visto estas espécies serem extremamente sensíveis ao excesso de água no solo. Durante este período foi, também instalado o sistema de rega gota-a- gota.

Com base nos resultados das novas análises de terra, e com o apoio dos técnicos do ARC, forma corrigidos os teores de cálcio, magnésio, potássio e, em alguns casos, de fósforo. As correções do solo foram realizadas através da aplicação de gesso, sulfato de magnésio e sulfato de potássio, executadas em dois passos, entre a primeira e a segunda lavoura, as quais se realizaram perpendicularmente uma á outra. Após os trabalhos de mobilização profunda, o solo foi nivelado através de uma gradagem.

Os camalhões foram construídos e os tubos de regam foram colocados no topo após o que foram cobertos com a manta têxtil negra (Agryl). Imediatamente antes da plantação a manta foi perfurada no local de instalação das plantas.

2.2 - Escolha das cultivares

A escolha das cultivares a utilizar foi baseada em diversos critérios.
Em primeiro lugar tomou-se em consideração as condições de solo e clima da região de modo a escolher cultivares bem adaptadas às condições particulares da propriedade. A análise dos dados disponíveis, em colaboração com os técnicos sul africanos, forneceu as linhas gerais para a escolha das plantas e para a sua distribuição nas diversas parcelas.

A escolha final foi feita de modo a abarcar uma larga faixa de mercado, com a oferta de produtos diversificados. Outro aspeto importante considerado foi tentar garantir uma distribuição uniforme da produção ao longo do ano de modo a tirar o melhor partido possível da utilização da mão-de-obra e a garantir um fornecimento mais ou menos constante do mercado. No quadro 1 indica-se as cultivares plantadas.

2.3. - Instalação do viveiro e enraizamento das estacas

Após várias consultas técnicas na África do Sul foi decidido adquiri estacas não enraizadas e proceder ao seu enraizamento em viveiro próprio, construído pela empresa para o efeito.

As vantagens desta decisão são tanto de carácter técnico como económico. O material vegetativo utilizado foi praticamente todo importado da África do Sul pelo que os custos de transporte representam um importante fatia do custo total do material. Ao importar estacas não enraizadas é possível reduzir consideravelmente este custo visto o material ser bastante mais leve e menos volumoso do que as plantas já enraizadas, uma vez que não se transporta solo.

O facto de não importar nenhum tipo de substrato associado às plantas apresenta, ainda, uma importante vantagem do ponto de vista sanitário uma vez que as doenças associadas à parte radicular são de muito mais difícil identificação nos estados iniciais de desenvolvimento.

Outra importante vantagem relaciona-se com o "stress" que é imposto às plantas durante o transporte aéreo. Este tipo de "stress" afeta muito mais fortemente as jovens estacas enraizadas do que as estacas não enraizadas, visto tratar-se de um material vegetativo mais endurecido.

A construção do viveiro foi iniciada em Outubro de 1998, na região de Lisboa, o que permite um acesso fácil a partir do aeroporto e, além disso, encontrando-se isolado da exploração, permite prevenir a introdução de pragas e doenças no campo de cultivo, as quais podem ser erradicadas no ambiente de viveiro.

As primeiras estacas chegaram em Janeiro de 1999 e foram enraizadas segundo técnica descrita em Brinkhuis (1998). As estacas foram plantadas em vasos de turfa os quais apresentam importantes vantagens relativamente aos sacos de plástico tradicionalmente usados. Sendo biodegradáveis são colocados no terreno juntamente com a planta o que reduz consideravelmente os estragos provocados na raiz e evita a crise de transplantação.

Após o enraizamento as estacas forma transferidas para um abrigo de aclimatação e, após cerca de 2 a 3 semanas, forma plantadas no seu local definitivo.

2.4 - Plantação

A plantação foi iniciada em meados de Julho e prolongou-se até ao final de Agosto de 1999, tendo sido reiniciada em Outubro do mesmo ano.

A primeira poda foi realizada em Outubro/Novembro de 1999.
A maioria das cultivares apresentou um desenvolvimento vegetativo satisfatório desde que as temperaturas começaram a subir, no início de Fevereiro de 2000, e espera-se a primeira colheita de Leucadendron para Outubro/Novembro de 2000.

3 - Investigação de campo e laboratorial

Aproveitando os programas de incentivo para o desenvolvimento de algumas regiões do país, promovidos pelo Governo, foi apresentado para avaliação, junto da Agência de Inovação, um projeto de investigação no qual se apresentam as Proteaceae com uma cultura que pode contribuir para o desenvolvimento sustentado do Sudoeste Alentejano.

Este projeto inclui dois pontos de estudo essenciais.
Por um lado, estuda-se a adaptabilidade de diferentes espécies da Flora Capensis às condições particulares do Sudoeste Alentejano com o objetivo de, num futuro próximo, criar novas cultivares para a região.

Por outro lado, está a proceder-se a um levantamento fitossanitário a fim de identificar as principais pragas e doenças presentes na região. Um dos objetivos principais do projeto é estabelecer um Programa de Proteção Integrada para a cultura na região.

3.1 - Instalação do campo experimental

O campo experimental, com cerca de 2 hectares, foi estabelecido a partir de populações seminais de várias espécies de Proteaceae e de outras famílias da Flora Capensis.

Durante a estadia na África do Sul foram selecionadas 80 espécies (quadro 2), para a instalação no campo, e que funcionariam como base do programa de seleção.

As sementes das Proteaceae são caracterizadas por apresentarem uma pronunciada dormência e taxas de germinação muito baixas se não forem realizados tratamentos de pré-germinação adequados. O tratamento a realizar depende o tipo de semente e está relacionado com o principal mecanismo que impõe a dormência da semente.

As sementes das espécies da família das Proteaceae forma tratadas de acordo com o descrito por Blomerus (1998) e as sementes das espécies das restantes famílias foram tratadas pelo fumo, utilizando Seed Primer Kirstenbosh' (Brown et al., 1998).

A sementeira foi feita em tabuleiros, numa mistura de 1 parte de turfa para 3 partes de areia e as plântulas foram transplantadas para tabuleiros alveolados assim que as primeiras folhas verdadeiras apareceram. Estas foram mantidas nos tabuleiros, com uma mistura de 1 parte de turfa para 1 parte de grânulos de polistireno e 2 partes de areia, no viveiro, até terem o tamanho suficiente para serem transplantadas para o campo.

As taxas de germinação forma muito variáveis em função da espécie como se poder ver no quadro 2. Por razões estatísticas só as espécies que tinham pelo menos 25 plantas em condições de serem colocadas no campo foram transplantadas.
As jovens plantas foram colocadas no seu local definitivo durante a segunda quinzena de Julho e Agosto de 1999.
Apesar do intenso calor que se fez sentir durante este período e dos ventos intensos observados, a maioria das espécies reagiu bem à operação e foi podada durante o mês de Outubro de 1999.

As espécies de folha fina foram as mais afetadas pelos ventos quentes pelo que se pensou que estariam perdidas e não foram podadas no Outono. No entanto, reagiram bem no início de Fevereiro de 2000, encontrando-se agora em crescimento rápido e prontas para serem podadas durante Abril de 2000.

3.2 - Seleção

O programa de seleção será realizado no campo experimental, mas, até à data, as plantas ainda estão num estado de desenvolvimento que não permite tirar qualquer conclusão. Neste primeiro ano após a plantação só serão considerados aspetos de crescimento vegetativo.

Apesar do pouco tempo decorrido desde que as plantas foram colocadas no terreno é já possível observar um aspeto interessante na espécie Leucadendron argenteum. Esta espécie foi plantada em dois locais distintos, os quais apresentam características de solo bastante divergentes. Observa-se que as plantas colocadas na zona de solo mais argiloso apresentam um desenvolvimento vegetativo cerca de 4 a 5 vezes superior ao das plantas que se encontram em terreno arenoso. A taxa de mortalidade observada é também consideravelmente diferente, com o mesmo tipo de relação.

3.3 - Levantamento fitossanitário

Após a instalação das plantas no terreno iniciou-se a recolha de material com vista à identificação laboratorial dos principais agentes causadores de estragos na cultura.

A maior parte do material recolhido era constituído por insetos, em particular da ordem Lepidoptera, os quais foram levados para laboratório para posterior identificação.

Os principais agentes encontrados foram lagartas as quais provocaram estragos principalmente nos Leucadendron e Leucospermum sem praticamente afetarem as restantes espécies.

Os estragos mais frequentemente encontrados são devido a brocas as quais atacaram fortemente a cultivar de Leucospermum 'Sunrise' e também algumas plantas da cultivar de Leucadendron 'Magenta Sunset'. A espécie responsável por estes estragos foi identificada como Sesamia nonagrioides Lef.. Esta espécie encontra-se normalmente associada à cultura do milho pelo que se deve ter deslocado para a parcela de 'Sunrise' a partir do campo de milho vizinho, quando esta planta completou o seu ciclo vegetativo.

Outro tipo de estragos bastante presente, em particular nos Leucadendron, é também causado por uma lagarta, neste caso da espécie Helicoverpa armigera Hübn. Estas lagartas atacam o gomo terminal que perfuram até ao centro, causando a sua morte.
Este tipo de estragos foi o principal problema encontrado nos Leucadendron de uma exploração vizinha tendo conduzido, na cultivar ' Safari Sunset', a prejuízos da ordem dos 40%.

Foram também recolhidos exemplares de algumas espécies de Curculionidea e de Heteroptera, que ainda não foram identificadas.
No que se refere a doenças até à data não foi recolhido qualquer tipo de material com sintomatologia que possa indicar a presença de fungos ou outros agentes patogénicos.

4 - Conclusão

Ao lidar com uma cultura, de natureza arbórea, que vai ficar no terreno cerca de 10 a 12 anos e cuja produção só se iniciará 2 a 3 anos após a instalação, é de extraordinária importância o cuidado posto na planificação e instalação da mesma.

O profundo conhecimento das condições ambientais presentes é essencial para o futuro sucesso da cultura e a preparação de solo, antes da plantação, representa um fator chave para o posterior desenvolvimento equilibrado das plantas.
Os resultados obtidos na experiência com o enraizamento das estacas permitiram rentabilizar o investimento feito na instalação do viveiro.

O material vegetativo foi adquirido, na sua maioria, à África do Sul ( compraram-se algumas estacas nos Açores e Madeira) e, em geral, apresentava excelente qualidade, enraizando eficientemente.

O sucesso obtido no enraizamento permitiu a venda de estacas enraizadas a produtores nacionais (Açores e Madeira), o que permitirá manter o viveiro após terminada a instalação do campo da empresa, funcionando como um rendimento adicional para a mesma.
No que se refere ao projeto de investigação, embora satisfeitos com o modo como este se está a desenvolver, é ainda muito cedo para tirar qualquer tipo de conclusões.

Por enquanto, foram identificados dois Lepidoptera, Sesamia nonagrioides e Helicoverpa armigera, os quais podem ser considerados pragas chave da cultura da região.

Tem-se como objetivo primordial expandir os laços a novas instituições de investigação, tanto nacionais como internacionais, assim como envolver novos produtores no projeto.
Neste momento a empresa dispõe de condições que lhe permitem, não só fornecer material vegetativo, como prestar assistência técnica a novos produtores que possam estar interessados em experimentar esta cultura que, em Portugal, é ainda de recente introdução.

Referências Bibliográficas:

PROTEAS

A empresa Europrotea iniciou a sua atividade, na área da produção de proteas, há cerca de 3 anos, em propriedade para o efeito, na Zambujeira do Mar, que aparentemente reunia as condições de solo e de clima propicias para o cultivo das proteas.

A estratégia adotada pela empresa, ao iniciar a sua atividade nesta área, baseou-se numa profunda análise do negócio, desenvolvendo contactos técnicos e comerciais com outros produtores e investindo na formação dos seus recursos humanos.

Desde o início a empresa sempre considerou a inovação como um pilar chave no desenvolvimento da indústria das Proteaceae pelo que estabeleceu, desde logo, importantes laços com instituições de investigação nacionais e estrangeiras, criando o seu próprio departamento de investigação. Como consequência, o investimento foi distribuído por duas áreas fundamentais:

  •  produção comercial - com a instalação de 15 hectares com plantas de diferentes variedades dos géneros Protea, Leucadendron e Leucospermum;
  • investigação de campo e laboratorial - instalando para tal um campo experimental com cerca de 2 hectares com diferentes espécies da Flora Capensis e com a instalação de um pequeno laboratório.

Após uma visita técnica dos representantes da empresa à África do Sul e de um pormenorizado estudo de mercado, foram tomadas decisões no sentido de quais variedades em que a Europrotea deveria basear a sua produção comercial, assim como que tipo de material vegetativo deveria ser adquirido para a propagação, tendo-se optado pela aquisição de estacas não enraizadas, cujas vantagens serão discutidas.

O campo experimental foi estabelecido usando uma descendência seminal de diferentes espécies da Flora Capensis e também de Proteaceae oriundas da Austrália, o qual se destina a suportar um projeto de investigação que a empresa promove em colaboração com a Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, onde se inclui o projeto de Doutoramento de um dos membros da empresa.

Os objetivos deste projeto de investigação são estudar a adaptabilidade das diferentes espécies e/ou indivíduos às condições de campo particulares do Sudoeste Alentejano e escolher aqueles que apresentarem melhores resultados para posterior propagação vegetativa. Paralelamente, leva-se a cabo um levantamento fitossanitário no sentido de identificar quais as pragas e doenças-chave que irão afetar estas espécies/variedades nas condições portuguesas e estabelecer um programa de Proteção Integrada para esta cultura no Sudoeste Alentejano.

Palavras-chave - Proteaceae, Flora Capensis, Proteção Integrada da cultura, Seleção e Melhoramento de Plantas, Região Mediterrânea.

Abstract

Europrotea Company become involved in the Protea business about 3 years ago, based on a farmland located at the Southwest of Portugal, near the sea shore, chosen by its climate and soil conditions which seemed fit to Protea cultivation.

The approach adopted by the company to the development of such business was based on a deep analysis of the business, development of technical and commercial contacts and partnerships and a learning and training processes of the staff members involved either in the production or marketing and promotional activities. Since innovation already is and will be a major issue for the development of this industry on a broad scale, the Europrotea

Company adopted since the very beginning research links with Portuguese and South African research Institutes and Universities, creating its own research branch.
As a consequence the investments did face two major areas:

  • field production, with the set up of about 15 ha with different varieties of Protea, Leucospermum and Leucadendron, with commercial purposes.
  • field and laboratory research, with the set up of an experimental field of about 2 ha with different species of the fynbos flora and the development of laboratory facilities.

Following a technical visit of the staff members to South Africa and a market survey a decision was made on which varieties should the Europrotea production be base as well as on the necessary vegetative material for propagation, being decides to use unrooted cuttings. Such decisions and their advantages, for the company will be discussed in this paper.

The experimental field was established using a seed progeny of different fynbos species and some Australian material and is intended to support the research project promoted by the company in collaboration with the Technical University of Lisbon through its Agronomy Faculty as part of a PhD research project from a staff member.

The aims of this research project are to study the adaptability of the different species and/or individuals to the particular field conditions of our region and to choose the ones with better performance for further vegetative propagation as part of selection and breeding program. At the same time the studies will take in consideration the definition of the key pests and disease problems affecting these plants at portuguese conditions and the development of the Integrated Pest Management programme as a major technical tool for the crop in the Southwest of Portugal.

Key-words - Proteaceae, Flora Capensis, Integrated Crop Management, Selection and Breeding, Mediterranean Area.