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Essências Terra LUZ.A®:

Proteas


Em Setembro de 2010 eu e a terapeuta floral Patrícia Rainho tivemos a bênção de ser convidadas para visitarmos a Herdade do Cabo Sardão no Sudoeste Alentejano, onde a Europrotea Sociedade Agrícola Lda (atual Agro-Dotti) desenvolve a sua produção de Proteaceae.

Eu já tinha trabalhado com essências florais de Proteas de outros elaboradores (South African Flower Essences e Hummingbird Flower Essences) cujos resultados me interessaram particularmente, quando ingeridas por pessoas que delas necessitavam.
Na medida em que, estas flores, das mais antigas no nosso planeta, tem acompanhado a humanidade desde os seus primórdios e guardam toda uma informação na sua genética capaz de reconhecer os nossos estados de alma ancestrais, a oportunidade de voltar a chegar a elas e conhecer uma plantação com diversas variedades aliciou-me profundamente; desafiei então a Patrícia para levarmos algum material adequado à preparação de essências-mãe e preparámo-nos interiormente para passar uma tarde especial.

A pujança, exuberância e robustez das suas flores tinham “mexido comigo” desde que me conheço por gente - ainda na minha Mãe África – e dentro de mim elas faziam, sem dúvidas, partes do mundo por descobrir. Estávamos nessa época a iniciar uma pesquisa que continua a ser investigada, no sentido do aprofundamento da sintonia cardíaca com a flor a ser trabalhada na preparação de essências florais.

Essa abordagem vem sendo feita por alguns investigadores, sendo Stephen Harold Buhner e Annie Marquier (https://youtu.be/ItsqK5ACB1I) 2 autores já com diversos livros publicados, cujo tema é a inteligência do coração e que tem sido verdadeiros faróis num campo pouco explorado e cujas diretrizes tem por base a metodologia do Mestre Edward Bach. Pam Mountgomery, minha dileta mestra, também trabalha nesse campo da conexão cardíaca com as plantas.

Para além deles, foram extensamente estudadas por outros investigadores (em laboratório e em natura) a sensibilidade do mundo vegetal à dor e a outras perturbações do seu meio ambiente, pelo que não me alongo nessas explicações.

Há 2 intenções primordiais nesta nossa abordagem especificamente dirigida à elaboração de essências florais:

Totalmente deslumbradas com a beleza e variedade de Proteaceae e Grevilleae disponíveis, e sem termos antecipadamente sabido o que iríamos encontrar, optámos por preparar 2 essências que já conhecíamos de outros preparadores (King Protea e Pink Ice) e ainda “sentir” o chamado de alguma outra flor. Foi assim que a Patricia “trouxe à vida floral” a essência da Protea Susara, enquanto eu sintonizei um Leucospermum, a maravilhosa essência de Pink Sherbet .

Como curiosidade, nesse mesmo dia ainda trabalhei a sintonização de um Leucadendron Argentum (Silverleaf) enquanto a Patrícia se debruçava sobre o Leucadendron ”safari Sunset”, mas houve alguma perturbação energética com visitantes inesperados e essas essências não chegaram a formar-se, a energia não teve oportunidade de ancorar adequadamente.

Tenho ainda a esperança de nalgum outro Setembro o poder vir a fazer, dado que a sazonalidade não nos permite ter todas as flores durante todo o ano… mesmo porque se assim não fosse e pudéssemos escolher… não seria só em Maio e teríamos rosas o ano inteiro nos nossos jardins!;)

É claro que a vontade de lá voltar não esmoreceu e em Maio de 2011 deu-se uma curiosa oportunidade de o fazer: tinha acabado de dar um curso sobre as essências Terra LUZ.A a um grupo de entusiastas terapeutas que me desafiaram a voltarmos à Herdade do Sardão para viverem “in loco” e na própria pele o processo, com toda a infusão de alegria que este nos provoca e que eu tanto enalteci durante o curso… :)

Com a força que assiste tudo aquilo que “tem de ser” nenhum contratempo ou dificuldade se opôs a essa “excursão” e, pelo contrário, a gentileza da Europrotea, (atual Agro-Dotti), foi ao ponto de nos disponibilizarem o galpão de preparação e embalagem das flores para o nosso trabalho.
Tivemos a oportunidade de comunicar antes com o encarregado que gentilmente nos informou das flores “de serviço” ;)
Fomos buscar água de nascente a Sintra;
Distribuímos a cada pessoa uma imagem da “sua” flor, com a recomendação de olhar para ela, senti-la, pesquisar sobre ela, integrá-la em suma, antes da data definida para a experiência.
Partimos cedo de Lisboa e vivemos um dia maravilhoso de descoberta. A todas as “aprendizes” envolvidas a minha ternura: aqui está o resultado, com algumas fotos do evento! :)

Termino deixando a nossa profunda gratidão à Europrotea (atual Agro-Dotti) e aos seus administradores que nos proporcionaram tão generosamente estas oportunidades únicas!
Em Alegria,
Eveline

PROTEAS

-> Produção de Proteas no Sudoeste Alentejano

As Proteas atraíram a atenção dos botânicos por volta do ano 1600, no Cabo da Boa Esperança, apelidado pelos navegadores portugueses de Cabo das Tormentas, quando tiveram de o transpor no séc. XVI. No século seguinte foram introduzidas na Europa algumas espécies que fascinaram as cortes, pela sua imensa beleza e resistência.

No séc. XVII os colonos Europeus coletavam o néctar abundante da SUGAR BUSH PROTEA (Protea repens) para ser fervido até se tornar um xarope cor de rubi, que era usado como substituto do açúcar, de onde deriva o seu nome. Infelizmente também por essa altura uma grande extensão de Proteas em volta da cidade do Cabo foi dizimada para ser usada como lenha.

 
Protea Repens Aurea ou Sugarbush

Safari Sunshine Leucadendron

Pertencem a uma família das mais antigas de plantas com flores, com 300 milhões de anos que existia no tempo da Gondwana, antes da divisão dos continentes. Não são plantas herbáceas ou anuais, em termos de estrutura podem variar de árvores a trepadeiras, passando por arbustos a flores isoladas, embora sempre lenhosas. As folhas são geralmente largas, fortes, coriáceas e lineares, com uma anatomia adequada à retenção de água e resistência a longos períodos de seca. A distribuição desta família de plantas conecta-se à ocorrência de solos com deficiência extrema de nutrientes, a maioria dos quais são ácidos.

Segundo teoria do geólogo Alfred Lothar Wegener (1880-1930), delineada no início do século XX, há 200 milhões de anos houve a separação da Pangeia – única massa de terra existente até agora – em dois super continentes, Gondwana, ao sul, e Laurásia, ao norte, que deram origem às atuais massas continentais. Essa época registou a evolução de uma flora e de uma fauna bem diversa das que se haviam desenvolvido durante a era Paleozóica e das que surgiriam depois na Cenozóica.

Em meados da era Mesozóica, a Laurásia, que incluía a maior parte da América do Norte e da Eurásia, separou-se totalmente de Gondwana pelo mar de Tétis, no hemisfério sul. Durante o Jurássico, a América do Norte começou a afastar-se dos dois super continentes. No final do Jurássico, a África já tinha começado a separar-se da América do Sul, e a Austrália e a Antártica já estavam desligadas da Índia.


História da Terra

As Proteaceae estão atualmente divididas em 2 subfamílias, as Proteoideae concentradas em África e as Grevilleoideae que se espalham pela Austrália, América do Sul e segmentos menores de Gondwana que atualmente são parte da Ásia ocidental.

Em Madagáscar existe somente uma espécie, mas a América do Sul e a Austrália partilham vários tipos, o que confirma a separação desses continentes de África antes de se separarem um do outro.


Pink Sherbet, Menzies Banksia, 
High Gold Leucospermum, Glenbrook Protea

Esta família inclui mais de 60 géneros num total de cerca de 1400 espécies conhecidas. Só na África do Sul existem mais de 100 espécies do género Protea, o qual só se encontra no centro e sul do continente africano. Os restantes géneros estão espalhados, e são nativos, de diferentes regiões do Hemisfério Sul. A maior concentração de espécies encontra-se na Austrália, de onde são nativas mais de 800 espécies, que representam 45 géneros. Destas, 550 são oriundas do sudoeste da Austrália. Na África existem, no total, cerca de 400 espécies, das quais mais de 330 (14 géneros) se encontram apenas no sudoeste da região do Cabo. A América do Sul e Central alberga cerca de 90 espécies, encontrando-se 80 espécies nas ilhas a este da Nova Guiné, 45 na Nova Caledónia e algumas espécies espalhadas por Madagáscar, sudeste da Ásia e a Nova Zelândia.

As proteas e os Leucadendron são maravilhosos e resistentes. São da família Proteaceae, tanto quanto as Waratahs, as Banksias e as Hakeas Grevilleas que são a “linha” australiana da família. Recentemente houve uma atualização evolutiva da taxonomia – por compreensão mais adequada das espécies - de forma que todas as espécies de Dryandras (Austrália), foram incorporadas na família das Banksias, tendo com isso sido renomeadas, dado que descendem todas do mesmo tronco ancestral comum africano das Banksias. As Dryandras circunscrevem-se ao oeste sudeste Australiano, enquanto as Banksias existem extensivamente no sul, no este e no norte, bem como nas ilhas a norte da Austrália. O ramo das Dryandras evoluíram a partir da Banksia ancestral mais recentemente, quando a secura do continente isolou o sudoeste do resto.

As Dryandras são uma espécie muito bem-sucedida, há mais espécies de Dryandras do que no resto das Banksias e colonizaram “habitats” muito diferenciados, o que potencializa a sua sobrevivência e evolução como espécie. (http://florabase.dec.wa.gov.au/articles/dryandra-banksia/)


Figura 1

As Proteas são da família dos fynbos, flores bonitas e exóticas originárias da África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. A mais famosa das variedades existentes é a King Protea (Protea Cyranoides) a flor nacional da África do Sul. Esta flor é de tamanho avantajado, podendo chegar a medir 30 centímetros de largura. O seu botão parece uma alcachofra, por isso recebeu o nome de cynaroides (Cynara é o nome científico da alcachofra).
As suas folhas também servem para fazer chá. Atualmente, são encontradas Proteas em todo o mundo, onde a atmosfera é seca e o solo tenha uma boa drenagem. Crescem em solos geralmente pobres e predominantemente em regiões montanhosas. Porém, algumas crescem em solos arenosos, particularmente ao logo das regiões costeiras. O pH destes solos são normalmente ácidos, embora algumas áreas sejam alcalinas com um pH superior a 8,0. As temperaturas máximas durante os meses de verão chegam aos 32º C, mas nas zonas de montanha as temperaturas ocasionalmente chegam a ser inferiores a 0º C no inverno. A maioria delas ocorre a sul do rio Limpopo, embora se encontre a Protea Quilimanjaro no Parque Nacional do Monte Quénia, bem como algumas outras variedades tanto nas pastagens e savana como em zonas pantanosas de Angola.

Em África existem mais de 114 espécies de Proteas, 82 delas crescem na África do Sul e entre estas, 69 pertencem à região costeira da Província do Cabo. A grande maioria das variedades - cerca de 90% - é originária da região do Cabo, um cinturão montanhoso da costa, na África do Sul. A riqueza extraordinária e a diversidade de espécies parece ter origem na diversidade de ambientes, onde as populações florais se mantinham isoladas umas das outras e com o tempo desenvolveram-se em espécies separadas.

Crescem em regiões onde as chuvas variam entre 180 mm a 2500 mm por ano. Muitas espécies crescem em depressões e vales onde existe um subsolo com bom escoamento das águas pluviais. A Protea cynaroides é um bom exemplo disso. Ela cresce em áreas com um bom escoamento das águas pluviais, mas com uma variação pluviométrica que varia entre os 300 mm e os 1500 mm anuais. As raízes proteoides são cerca de duas vezes mais eficientes na absorção de água e nutrientes que as raízes normais, constituindo, pois uma importante adaptação destas plantas a condições de solos pobres em nutrientes e a regimes hídricos sujeitos a longos períodos de seca.


Banksia Burdettii, Dryandra Formosa, 
Banksia Ericifolia, Banksia Menziesii

As flores das Proteáceas, encontram-se frequentemente agrupadas em grandes inflorescências (espigas, racémicos, capítulos e outros) consideradas das mais vistosas do reino vegetal. Curiosamente, embora muitas tenham o pólen livremente exposto em anteras em forma de colher no topo de longos estames, não são polinizadas pelo vento, mas sim por pássaros e, por vezes, por insetos e roedores. Individualmente, as flores são bissexuais (exceto nos géneros Leucadendron e Aulax), frequentemente zigomórficas, com quatro segmentos de perianto, quatro estames e um ovário superior, o qual virá albergar uma ou muitas sementes. São também valiosas pelas suas qualidades decorativas. Ficam muito bonitas quando secas, são usadas em arranjos florais. Proteas preferem um clima ameno, com baixa humidade. Eles podem tolerar geadas leves. Em geral, necessitam de fogo para que as suas sementes possam germinar (ou então no caso daquelas espécies cujos frutos permanecem fechados, o fogo provoca a abertura dos folículos e as sementes são libertas).

São plantas sociais, embora existam algumas exceções. Muitas das espécies crescem no seu meio natural em proximidade umas com as outras, formando comunidades fechadas. Ao criar uma densa cobertura, protegem-se mutuamente dos ventos predominantes, mantendo o solo fresco  e reduzindo a sua evaporação. Amam uma localização aberta e ensolarada. Se crescem na sombra, não têm as mesmas cores vivas que as caracterizam. Vivem bem em solos pobres, e não se importam se forem salgados em áreas costeiras, desde que a humidade não seja muita, o que acaba com elas.


Banksia Speciosa Branca, White Queen

As primeiras flores a serem exportadas da África do Sul, ainda no século XIX, eram colhidas pelas populações da região do Cabo, situação que se manteve até aos anos 50 do século XX, altura em que começaram a ser estabelecidas plantações comerciais, tendo o interesse nesse cultivo expandido para a Austrália, Nova Zelândia e Zimbabué.

Nos últimos anos introduziu-se a sua plantação mais extensiva no Hemisfério Norte, em zonas de clima Mediterrânico, como Israel, EUA (Califórnia e Hawai) e Ilhas Canárias.

Em Portugal a produção de Proteaceae iniciou-se na Madeira, nos anos 70, com a produção da Protea Cynaroides, Protea magnifica, Protea Nerifolia, Protea compacta e Protea grandiceps, tendo-se mais tarde expandido para os Açores e por fim para o Continente, onde a cultura foi introduzida já na década de 90, na costa do litoral sul alentejano, onde se encontram condições edafo-climáticas propícias à grande maioria das espécies desta família.